domingo, 15 de setembro de 2013

Confiança cega...


Sigo o teu cheiro, o teu toque, o som que nos rodeia
Sinto cada passo como se fosse estranho para mim
Entrego-me a ti e ao nervoso miudinho que me serpenteia
Aprecio o  momento antes que ele acabe aqui

Oiço o estalar da folhagem como se fossem memorias
Sinto um cheiro estranhamente familiar
Coro ao perceber que a folhagem tem fragmentos das nossas historias
E quanto as tento agarrar desvanecem-se devagar

Pequenas pequenas pedrinhas no chão
Todas elas mascaradas do sentimento mais ingénuo
Troco o norte com o sul e sim com o não
Por  mais um momento que será eterno

O objectivo passa por seguir o caminho de olhos fechados
Confiar cegamente no que esta para chegar
Sentir o toque de todos os segredos guardados
Ter a sensação do não conhecer este lugar

No final percebe-se o sentido da palavra confiança
Percebe-se como o toque e o cheiro vão mudando ao longo da vida
Porque tudo o que acabara, ainda tem uma faísca de esperança

Porque todo o caminho, no final tem uma saída 

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